terça-feira, 8 de julho de 2014

Hey Jonhy!
Jonhy gostava de chupar bala nas noites subversivas de sua pequena cidade, julgava-se senhor do vento que cuspia o litoral. Nunca teve medo, Jonhy se punha indiferente a qualquer especulação espiritual. O garoto flutuava sobre a mente dos eunucos e claustrofóbicos inimigos. Seus camaradas variavam entre os que podiam pagar a bebida, as garotas ou o cigarro. Nunca se envolveu com os tiras, nunca riscou asfalto nem perturbou qualquer indignação política ou filosófica. Jhony sempre saia limpo das mais complexas situações e de botas brilhantes após seu cotidiano choque com a lama dos cérebros alheios. Jonhy não quer muito, nunca quis, mas também nunca abriu mão das etiquetas. Ele nunca precisou dormir, tomar banho ou estudar. Jonhy nunca precisou de nada além de um maço de cigarros e uma dose de álcool, vive e se alimenta da inveja dos acadêmicos e trabalhadores proletários. Jonhy sempre esteve e parece que sempre estará de boa, Jonhy não esquenta, todo mundo quer ser Jonhy.

l,fontel
à Charles Bucowskihtt

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