quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cada um com a sua arte

Eu poetizo na bacia salgada onde surfam tatuagens coloridas, cada um com sua arte: cantar, fumar, correr, voar, não ficar bêbado com um litro de vodka, ou o violão da Ana...Clara joga handebol, é a sua arte. A arte de J. é riscar a cidade de spray. Alexandre, o Grande, dominou a arte de conquistar, Chorão, a de falar palavrões. O Grande Inquisidor, de justificar. De Cobain a arte de morrer e tocar. A minha ocupação talvez seja a mais vagabunda de todas: a arte de sonhar, porque nada acontece ao sonhador se não for empurrado do abismo. Diferente do artista, que faz a rotação da Terra, bagunçando órbitas elementares, sobrepondo notas musicais. E sobre a arte de governar, a que só produzira monstros, Adolf, a arte da persuasão. E a doce Isabel, a arte da coragem. A Spielberg, a de reconstituir. Freddie, a de teatralizar, afinal vivemos num grande palco, com menos ou mais pessoas na plateia, mas ainda assim, num palco.
Quem somos senão artistas? Com suas diferentes telas e visões do novo mundo...o admirável Mundo Novo tem vagas para novos talentos.
O mundo visto da arte de astronautar, é um quadro Superimpressionista.
O mundo visto pela arte, sequer tem sentido. Não se denomina, apenas se sente.



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